Todos os nós conhecemos e possuímos um acessório fundamental para se tocar violino: o breu. Entretanto, a escolha deste item gera muitas dúvidas, devido à grande diversidade de marcas, modelos e preços disponíveis. Neste artigo, abordaremos como é produzido o breu e quais as diferenças entre seus dois grandes grupos: o breu claro (amber, em inglês) e o escuro (dark). Ao final do post, indicamos algumas marcas de breus que já testamos e aprovamos. Confira!

Como é produzido o breu?

O breu nada mais é do que a resina produzida e coletada de árvores da família dos pinheiros nativos de regiões da Europa, Ásia, América do Norte e Nova Zelândia. Para você ter uma ideia, existem 110 espécies diferentes de árvores que são apropriadas para a produção do breu. O processo de extração desta substância é semelhante ao do látex: retira-se a casca da árvore e cava-se um canal em seu tronco que guia as gotas de seiva para um objeto coletor. Esses cortes tem que ser renovados a cada cinco dias para garantir que a resina continue fluindo e, assim, possa ser coletada. É muito importante lembrar, também, que este procedimento não causa dano à saúde das árvores.

Depois de coletada, esta resina é misturada a outras seivas, normalmente de abetos ou larícios, para a criação de uma fórmula que é individual para cada fabricante – e isso é igual receita secreta de vó, que ninguém nunca sabe qual é. Esta mistura é, então, purificada através de filtragem e aquecida até que a resina se derreta completamente para ser colocada em moldes, que dão o formato específico da marca ou do modelo. Após descansar por volta de 30 minutos, o breu é alisado e polido, para, em seguida, ser embalado em uma caixinha ou fixado em um paninho (como os breus Pirastro, Salchow ou Hill, por exemplo).

A cor e a consistência do breu são resultados do período do ano em que a seiva é coletada: durante o fim do inverno e início da primavera, a resina é mais dura e clara; já no verão e outono, a coloração é mais escura e o breu mais macio.

Como escolher o seu breu?

Em primeiro lugar, você pode escolher entre as opções clara ou escura. Breus claros, por serem mais rígidos e menos pegajosos, são excelentes para climas frios e secos, enquanto os escuros funcionam melhor em tempos quentes e úmidos. Além disso (com exceção dos breus específicos para contrabaixo), violinos, violas e violoncelos podem utilizar qualquer tipo de breu.

Há, ainda, algumas marcas que adicionam minérios, como ouro, prata ou cobre em pó, afirmando que esses materiais influenciam a qualidade sonora resultante.

Para aqueles que se incomodam com a grande quantidade de pó produzido por seu breu, pode-se optar pelos breus hipoalérgicos de algumas empresas, que visam reduzir os resíduos produzidos para que não haja nenhum tipo de irritação ao instrumentista.

Agora, independente do breu que você usa ou decida comprar, utilize sempre com moderação. Muitas vezes, o violinista passa resina em excesso, devido à falta de aderência entre a crina e a corda (o que também gera muito pó na hora de tocar). Este é um sinal que o seu arco necessita de uma troca de crina.

E não custa lembrar: sempre limpe seu instrumento após o uso, já que pelas propriedades de aderência do breu, os resíduos produzidos na hora de tocar vão se acumulando no corpo do violino com certa facilidade. Assim, é necessário que — com um pano seco que não solte fiapos —, o instrumento seja limpo após o uso, preservando, assim, o seu verniz.

Breus que indicamos

Para quem ainda está na dúvida e gostaria de algumas indicações de breus para experimentar, listamos abaixo alguns breus que já utilizamos e aprovamos:

  • Hill;
  • Salchow;
  • Pirastro Goldflex;
  • Jade;
  • Andrea Bang;
  • Bogaro & Clemente.

E você, que breu utiliza e recomenda? Poste nos comentários!