Oi, Matheus! Que bom que você conseguiu postar aqui 🙂
Vamos então à sua pergunta. Se eu tivesse um aluno que me falasse que gostaria de ser solista, (pensando na área da música erudita – me corrija se eu estiver errada em relação à dua dúvida), eu teria várias considerações a fazer:
– É necessário se dedicar muito ao instrumento. Muito mesmo. Pelo menos 4 a 5 horas por dia, seis dias por semana. Solistas renomados mantém uma rotina de estudos assim no decorrer de toda sua carreira;
– É necessário ter um professor bom, que conheça esse objetivo e que oriente o aluno para isso. Currículo é importante neste caso – professores famosos vão abrindo as portas para os seus alunos no mercado de trabalho;
– É ideal que o aluno resida em um local com oportunidades de trabalho condizentes com os seus objetivos (por exemplo, que tenha orquestras para ele solar e adquirir experiência como solista);
– É importantíssimo fazer (e de preferência, vencer ou ser finalista) concursos nacionais e internacionais para que o violinista seja suficientemente conhecido pelos seus pares;
– Pelo mesmo motivo, é ideal que se participe de muitos festivais (nacionais e internacionais) e masterclasses em geral;
– É necessário estudar um repertório amplo (muitos concertos, sonatas, peças virtuosísticas, etc.) e ter alguns “cavalos de batalha” (peças que ele toca muito bem e que estão sempre prontas e memorizadas para serem tocadas a qualquer momento);
– É desejável que ele possua um bom instrumento, que favoreça tanto o seu desenvolvimento quanto a sua performance;
– É bom que se tenha uma boa presença de palco e que tenha gosto pelo ato de fazer performances públicas;
– Por fim, é um campo de trabalho que além de dedicação, depende de sorte também (conhecer as pessoas certas, nos momentos certos, nos locais certos, etc.). Isso significa que é sempre bom ter um plano B sem se sentir frustado se for o que acabar acontecendo. Tem muitos violinistas excelentes no mundo que não conseguem sobreviver apenas dos palcos, tendo que recorrer à carreiras paralelas como professores ou músicos de orquestra, por exemplo.
Acho que as diferenças em relação à formação de outros tipos de músicos são: 1) pressão e dedicação geral; 2) amplitude de repertório; 3) necessidade de ter bons contatos; e 4) necessidade de participar de concursos.
Se ficar mais alguma dúvida, é só responder aqui no tópico novamente.
Abraços e sucesso nos estudos.